Vista Panorâmica- foto: Eduardo Andreassi |
A Vila de Monte Verde, no município de Camanducaia (MG), está encravada em um vale, no topo da Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais. Com uma altitude de 1.600 metros, lembra muito Campos do Jordão, mas sem o seu agito e badalação. É para quem busca paz e sossego.
A beleza e diversidade da flora, onde se destacam as
araucárias, a riqueza da fauna, com seus esquilos e variedade de pássaros, o
forte apelo do seu clima europeu, a arquitetura em estilo alpino e a hospitalidade mineira, dão a Monte Verde
um potencial mais do que suficiente para atrair, no ano inteiro e,
principalmente em julho, milhares de
turistas de várias partes do Brasil e do Exterior. No último Festival de
Inverno, por exemplo, recebeu cerca de 90 mil visitantes. Quase 20 vezes mais
do que a população fixa do Distrito.
Natureza Fantástica foto:Eduardo Andreassi |
Fazenda radical - foto: Eduardo Andreassi |
Agora, na primavera, além da paisagem que
fica ainda mais atraente, há um novo motivo
para conhecer ou rever a Vila. É a
vez do Festival de Gastronomia, em sua oitava edição, no período de 18 a 29 de
outubro. Sob o tema “Sabores e Saberes da Serra”, o evento deste ano promete
ser “um mergulho no universo mágico e misterioso da Mantiqueira, traçar um
panorama da sua gastronomia e se tornar a vitrine de uma região rica em história, mas
ainda pouca explorada”.
Armazén restaurante -foto: Eduardo Andreassi |
Brown no chocolate - foto: Eduardo Andreassi |
Plantas alimentícias no cardápio
Mas, o Festival de Monte Verde não se resume apenas à degustação. Um dos pontos altos
do evento são as atividades formativas, que incluem aulas, palestras ou harmonizções com diferentes bebidas. Todas as atividades acontecem no Espaço Gastronomia e serão gratuitas, no entanto, com limite de público. Chefs como Breno Lerner, Heyttor Barsalini e os gêmeos Juliano e Fernando Basile estarão presentes, ao lado de nomes locais como Ari Kespers, Sonia Kohen e Thiago Blanes.
Hotel Meissner- foto: Eduardo Andreassi |
Geléias Edelweiss- foto Eduardo Andreassi |
Programação
Anote o dia-a-dia do Festival.
18: Delícias do Polvilho
19: Oficina sobre PANCs com os gêmeos de Gonçalves (MG), Juliano e Fernando Basile
20: Aula prática sobre panificação com Carlinhos e Gleice e Bolos com Alessandra Lippi
21: Sabores da Serra: Mergulho no Pirão, com Heyttor Barsalini
22:Palestra harmonizado com o sommelier Alexandre Levi
23: Comida da Serra, com os chefs Thiago Blanes, Sonia Kohen e Cida Lemos.
24: Paçoça de São João com Tiago Mentor (para crianças)
24: Palestra com o biersommelier Rafael dos Santos Lima
25: Oficina Saudavelmente Requintado com a chef Graziela Coutinho
26: Palestra com o chef Ari Kespers
27: atividade infantil com o Guinho
27: Workshop da empresa Catupiry
28: Palestra "Sabores da Serra, Fondues e racletes" com o chef Breno Lerner
29: Oficina de hamburguer com Fernando Tadeu do Canal do Rango
O Espaço Gastronomia fica na Vila da Fone, na rua Junípero 5A, no distrito de Monte Verde
Lembrando a origem
Em 1913, o mundo estava a beira da 1ª Guerra Mundial, deflagrada um ano depois. E o número de imigrantes que deixavam a Europa em busca de melhores oportunidades em países da América do Sul, incluindo o Brasil, era crescente. E foi assim que uma leva de famílias de imigrantes procedentes da Letônia desembarcou por aqui, entre elas, a de Verner Grinberg, que ainda era menino. Eles se fixaram em Paraguaçú Paulista, onde havia uma colônia de letões.
Em 1938, Verner casou-se com Emília Leismeir e foram passar a lua de mel em Campos do Jordão. Foi quando ouviram referências sobre a localidade dos Campos do Jaguari e ali se instalaram por causa do clima e paisagem parecidos com os de sua terra natal. Mas, não foi nada fácil o acesso á região, no pé da Serra da Mantiqueira. Precisaram até montar em lombo de burro, abrindo picadas no meio da mata.
Com muita luta e persistência, Verner adquiriu glebas de terras e iníciou à formação de uma fazenda. Aos poucos, muitos de seus amigos e conhecidos foram chegando, atraídos pela beleza da região. Para os amigos e parentes, geralmente europeus e seguidores de sua religião, a batista, doava lotes para que construíssem casas e viessem morar na sua propriedade. Assim, surgiu a Vila de Monte Verde, que recebeu esta denominação devido ao significado do seu sobrenome: Grin é verde em inglês, e Berg, que significa monte. O fundador de Monte Verde faleceu em agosto de 2006, aos 97 anos, e deixou descendentes.
Como ir e onde se hospedar
Avenida principal da vila - foto: Eduardo Andreassi |
De acordo com a Associação de Hotéis e Pousadas, há 170
Arsenal da cerveja- foto: Eduardo Andreassi |
De um modo geral, os estabelecimentos são confortáveis, alguns mais sofisticados, e oferecem serviços de qualidade, como o Floresta Negra, Meissner Hof, Pousada Mirante da Colyna, Pousada dos Pássaros, Pousada das Nuvens, Pousada Ricanto Damore Mio, Pousada Varanda das Colinas e Fazenda Hotel Itapuá. As diárias na alta temporada e época de festivais, como o de Gastronomia, variam de R$180 a R$ 880. Todos podem ser acessados pelos seus sites.
#monteverde #festivaldegastronomia
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