quinta-feira, 6 de julho de 2017

Rezar, cantar e comer no Mosteiro de São Bento
fonte: Multipla Eventos
A localização privilegiada na região central da cidade, no tradicional Largo de São Bento, ao lado do Viaduto Santa Ifigênia e o acesso fácil fazem, da histórica Igreja e Mosteiro de São Bento, com seu relógio que marca com precisão as horas do agitado cotidiano dos paulistanos, um dos pontos turísticos mais procurados da Capital. 


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Principalmente aos domingos, quando seus visitantes, católicos ou não, se dirigem ao templo para assistir à missa das 10 horas e ter a oportunidade de ouvir o canto gregoriano entoado pelos monges beneditinos, ao som de um grande órgão de tubos centenário.

Desde maio de 2007, quando o Papa Bento XVI ali se hospedou e deu bênçãos da sua sacada, e após um período de  descontinuidade, o mosteiro abre suas portas ao publico, num programa que inclui uma apresentação artística com música, a participação num brunch e visitação guiada às instalações internas, com exceção da clausura.
fonte : Múltipla Eventos
O ideal seria que esta atração, que já faz parte do calendário turístico e cultural de São Paulo, pudesse entrar na agenda dos visitantes ou paulistanos que  moram na cidade, ainda nestas férias de julho.

 Entretanto, como só acontece no último domingo de cada mês, e é preciso reservar com antecedência, tamanha é a demanda, já não é mais possível conseguir comprar um convite. A próxima chance só  no dia 27 de agosto.
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Para os interessados em participar do brunch, o convite tem um preço que muitos consideram salgado: R$ 210,00. Com início às 12 horas, o brunch é, na verdade, um verdadeiro almoço. O buffet, sempre diferente, é elaborado por um chef  e compensa o desembolso pela quantidade, variedade e qualidade dos pratos frios, quentes e diversas opções de frutas e sobremesas, oferecidos no sistema self-service. Fica difícil resistir ao “pecado da gula”, mesmo estando num mosteiro. Habitualmente são  servidos na recepção sucos e pães. Esta verdadeira ceia vai até às 14h30.
fonte: Multipla Eventos
Na última etapa do roteiro, que se encerra às 15h30, já mais do que saciados, os visitantes são conduzidos por um monge beneditino para conhecer as dependências que podem ser abertas ao público, e apreciar peças e objetos do seu rico patrimônio histórico e artístico. Eles se inteiram de um pouco da história da instituição que ocupa, ininterruptamente, o mesmo sítio, o mais antigo de São Paulo, há 419 anos, a serem completados no próximo dia 14.
De acordo com os documentos da época, a fundação do mosteiro ocorreu no fim do século XVI, em 14 de julho de 1598, quando foram concedidas duas sesmarias pelo Capitão-Mor Jorge Correia,  base da fundação beneditina na então pequena Vila de Piratininga. O terreno doado era bem localizado, no alto de uma elevação, e abrangia de um lado até o Vale do Anhangabaú e, do outro, estendia-se até a atual rua 25 de Março. Seu fundador foi o paulista Simão Luís,  que entrou para a história com o nome de Frei Mauro Teixeira. Era discípulo do Padre José de Anchieta, conheceu o cacique Tibiriçá e, anos depois, construiu, no mesmo local onde havia a taba do índio, a igreja original em homenagem a São Bento.

Ainda no século XVII, o bandeirante Fernão Dias Pais, o Das Esmeraldas, ampliou a igreja e melhorou as dependências do mosteiro. As imagens de São Bento e Santa Escolástica, de autoria de Frei Agostinho de Jesus, e que datam de 1650, podem  ser vistas na atual Basílica. Os restos mortais de Fernão Dias e de sua esposa também estão sepultados na cripta do mosteiro.

A partir de 1900, chega ao mosteiro o Abade reformador Dom Miguel Kruse, que promoveu grandes transformações no local para acompanhar o crescimento da cidade e de sua população. Assim surgiu, em 1903, o Colégio de São Bento, inaugurado em 21 de março, data em que se comemora o  Dia de São Bento, o Teatro e, em 1908, ele fundou a primeira Faculdade de Filosofia da América Latina. Também ajudou na vinda das monjas beneditinas ao Brasil e na construção do primeiro mosteiro feminino, em 1911, o de Santa Maria, na Avenida Paulista, que na década de 60 foi transferido para o bairro do Tucuruvi.
 O colégio, com 114 anos, teve entre seus docentes o historiador Affonso d'Escagnolle Taunay e foram seus alunos Prestes Maia, prefeito de São Paulo, o cirurgião Antônio Prudente de Moraes, Haroldo de Campos, Osvald de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda e Raul Cortez.  
Entre 1910 e 1912, houve a quarta última intervenção no complexo histórico, com a construção, depois da demolição do antigo prédio, da atual igreja e mosteiro, este em estilo eclético neo-românico, projeto de Richard Berndl, professor da Universidade de Munique e um dos mais conceituados arquitetos da Alemanha. Desta época é a decoração interna do templo, com afrescos e murais feitos pelo beneditino holandês Dom Adelbert Gresnicht.


A atual Basílica foi consagrada em 1922, ocasião em que ganhou os sinos e o relógio instalado na sua fachada. O nome oficial (que poucos sabem), da Igreja de São Bento é Basílica de Nossa Senhora da Assunção. E em 1924, durante um ataque á cidade, pelas tropas do general Isidoro Dias Lopes, a parede lateral do Colégio de São Bento ficou cravada de balas. As marcas ainda estão lá e são visíveis por quem acessa o Largo de São Bento pelo Viaduto Santa Ifigênia.
Um lembrete: em um dos lados na entrada da igreja, funciona, diariamente, uma lojinha que vende pães, bolos, doces, biscoitos e geleias tudo feito pelos próprios monges beneditinos e cujas receitas são seculares, além de artigos e lembranças religiosas de São Bento.
A reserva para participar do brunch deve se feita  pelo e-mail brunchnomosteiro@multiplaeventos.com.br. Mais informações pelos telefones (11) 2440-7837 / (11) 2671-0243

2 comentários:

  1. Obrigada, Orlando por nos informar tão detalhadamente o que sempre tive curiosidade de visitar, mas tem razão, salgado pelo o valor do brunch....mas também acho que vale a pena.....bjs

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    1. Ué, não saiu meu nome desta vez, mas sou eu, a Rosana.

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